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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pós-jogo San José (BOL) 1x1 Corinthians - 1 ponto pra nós, 2 pra altitude

Eae Fiel!

Finalmente o Coringão estreou na Libertadores 2013. Encaramos o San José na Bolívia, e enfrentamos também a insana altitude de 3.700 metros. Fator determinante.


O Corinthians veio escalado com a mesma equipe que enfrentou o Palmeiras no ultimo fim de semana, goste ou não. O já habitual 4-2-3-1, deu resultado no inicio da partida com o coringão fazendo o primeiro gol na competição.
Jogadaça de Fábio Santos, Sheik furou, e Guerrero matou. Golaço. Guerrero finalmente voltou a fazer gol com os pés, só pra calar a minha boca. Eu calo, e com prazer.
Chute sem chances para o goleiro adversário.



Só que o Corinthians cometeu o mesmo erro que vem cometendo nas ultimas partidas: Faz o gol e pára de pressionar, passa a jogar no erro adversário. Esta tática dava certo em 2012, mas existe algumas grandes diferenças do time campeão da América em 2012 para a Equipe que inicia 2013:

1- Não temos a mesma zaga. Leandro Castán jogava muita bola, e corria de mais. Não perdia uma. E acompanhava Chicão, que é Xerife.
2- O time está um ano mais velho. Como grande parte do nosso time titular é envelhecido, isso faz diferença.
3- Temos menos velocidade. Sem Alex, Sheik em má fase e Guerrero que não é veloz para contra ataques, essa tática de jogar no erro e matar o jogo, perde efetividade sem saída rápida.

Acontece que depois do gol, tudo foi ignorado, os jogadores passaram a procurar se poupar, e o San José ficava com a bola tentando marcar o empate.
Não foram efetivos no primeiro tempo, e conseguimos sair com a vitória parcial.

No segundo tempo o Corinthians começou melhor. Segurava a bola e tentava dar um gás pra não sofrer pressão. Émerson Sheik perdeu 3 gols. Um de cabeça. Um incrível, sem goleiro quase embaixo do travessão. E um contra ataque que o Guerrero segurou, deixou o Sheik passar sem marcação e tocou pro Émerson bater de primeira e isolar.


Depois disso o fator decisivo entrou em campo. A altitude pesou. O time morreu após os 15~20 min do segundo tempo. Não tinha mais gás. O negócio era não levar gol. Só que teve a lesão de Jorge Henrique. Ele é quem sustenta a marcação pelo lado direito, junto com o Alessandro. Teve de ser substituído por Renato Augusto.
Não por acaso, no instante em que JH saiu, levamos o gol de empate em jogada pelo lado direito da nossa defesa. Alessandro estava na marcação de outro jogador, acostumado com o apoio de Jorge Henrique para pegar o cara que fez o cruzamento. Mas o Jorge não estava lá e o Renato Augusto não voltou para ajudar. O Cruzamento saiu e o atacante se antecipou ao Fábio Santos e marcou o empate.

Com o time visivelmente cansado, com jogadores passando mal, e sendo substituídos, a esperança da vitória estava muito distante. 

Tite substituiu. Entra Pato, sai Sheik.
Paulo André foi pego pela altitude. Esgotado e sem ar foi substituído por Felipe.

Quem entrou estava bem. Renato buscava jogo mas estava sozinho. O time não correspondia. Estava morto.
O San José ensaiou uma pressão no final, mas seu time é muito fraco, e mesmo com o Corinthians esgotado o empate persistiu, graças aos 3700 metros.

Poderíamos ter feito o resultado no primeiro tempo, quando ainda tínhamos fôlego. Não fezemos. Ainda poderíamos ter matado o jogo no segundo com os gols perdidos por Sheik. Não matamos e fomos castigados. Analisando friamente, o empate é bom resultado considerando todas as circunstâncias (estréia, fora de casa, altitude). Mas fiquei com a sensação de que poderia ser melhor, e principalmente poderíamos ter pressionado mais antes de sentir a altitude.

Vale lembrar que em 2012 fomos campeões invíctos e iniciamos com 1x1 contra o Deportivo Táchira. O prognóstico é bom.

Conceito Individuais dos Guerreiros

Cássio: Bom. Fez grandes defesas e não teve culpa no gol.
Alessandro: Ruim. Só marcou, foi pouco ao ataque e errou bastante passes. Sentiu muito a altitude e o gol dos caras saiu pelo seu lado, então teve parte da culpa.
Gil: Médio. Foi consistente. Não comprometeu. To gostando do estilo dele.
Paulo André: Médio. Assim como o companheiro, só que sentiu mais a altitude.
Fábio Santos: Bom. Seria ótimo, se não tivesse também uma parcela da culpa no gol dos caras. Não sentiu a altitude, avançou bastante deu assistência e foi bem na defesa.
Ralf: Bom. Depois de um jogo ruim contra o palmeiras, voltou a ser o Ralf que conhecemos.
Paulinho: Médio. Achei que apareceu pouco. Mas deu consistência no meio campo.
Danilo: Médio. Participou do gol, deu bons passes e sentiu menos a altitude. Ainda deve futebol, mas não foi mal.
Jorge Henrique: Médio. Deu pra ver a importância dele quando saiu. Foi sair pra levarmos o gol. Se a lesão que sentiu for séria, corre risco de perder posição quando voltar, devido a concorrência.
Sheik: Péssimo. Tá na hora de ir pro banco. Perde gol atrás de gol, e a concorrência vem entrando bem.Vem sendo o jogador que eu mais xingo durante os jogos. Mais que o Paulo André. Acho que tá na hora de ir pro banco e trabalhar pra passar essa má fase.
Guerrero: Bom. Calou a minha boca de novo. Fez um golaço. Jogou bem com os pés, segurava a bola quando chegava, mas morreu com o time. Só tem que melhorar na marcação quando volta, porque sempre faz falta. Mas junto ao Fábio Santos, pra mim foi o melhor da partida. Deu assistência pro Sheik no segundo gol perdido.
Pato: Sem conceito. Quase não pegou na bola.
Renato Augusto: Médio. Entrou com vontade e deu qualidade. Tentava sair pro jogo, mas tentava fazer isso sozinho já que o time não tinha mais folego, aí não teve jeito. Também teve parcela de culpa no gol, por entrar e não ter ido ajudar na marcação.
Felipe: Médio. Não comprometeu.

Tite: Médio. Substituiu por necessidade, e escalou o time que vinha jogando, mas acho que tá na hora de repensar essa escalação e esse estilo de jogo. Não precisa esperar acontecer alguma merda pra mudar. Tem que fazer o time jogar pra frente inclusive após abrir o placar.

Nota de pesar: infelizmente um garoto, torcedor do time da casa faleceu na partida de ontem vítima de fogos de artifício. Não sei de detalhes, mas tenho convicção que ninguém presente alí queria que isso acontecesse. Foi um acidente. Triste para o espetáculo. Meus pêsames a família do garoto.

Mas daí chamar A TORCIDA de assassina, já é pesado. Primeiro que "a Torcida" é muito genérico. Eu nunca toquei em um sinalizador, mas também sou "a torcida".  Vamos com calma. Ao que parece, foi um sinalizador de algum torcedor corinthiano que causou a morte do garoto. Mas eu não acredito que alguem teria a intenção de causar isso a um garoto que nem conhecia, numa partida. E se há algum culpado, é a organização por permitir esse tipo de artefato perigoso nas mãos de qualquer pessoa dentro do estádio.


Concorda com a análise? Comente!

VAAAAAI CORINTHIANS!

Taça Libertadores da América 2013

1 jogo - 1 empate
1 ponto
Fase de Grupos 2º colocado

Icaro Scuteri para o Blog do Fiel Corinthiano

Twitter: @Icaro_Scuteri
Tumblr: Icaro Longe Do Sol

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