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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Federação Mundial de Clubes: o caminho para o sucesso


Fala Fiel!

Na próxima semana, representantes do Corinthians seguem para Doha, no Qatar, para participar da 10ª Assembleia da Associação Europeia de Clubes. Muito tem se falado disso, afinal de contas parece ser a prova definitiva de que a internacionalização do nosso Timão não é mais um plano, mas sim um FATO.

Mas pouco tem se falado sobre a Associação em si; qual sua origem, importância e o que ela pretende com esse convite. 

A Associação surgiu do antigo G-14, uma antiga organização de clubes europeus que chegou a ser uma das mais poderosas do futebol. Foi fundada em 2000 pelos 14 maiores clubes daquele continente, para que eles tivessem voz ativa nas negociações junto à UEFA e FIFA. Em 2002, mais cinco clubes entraram, e o número de membros assim ficou.

Pra se ter uma ideia da força desse grupo, esses 19 clubes de 7 países tinham na época, no currículo, nada menos que 250 títulos nacionais e foram responsáveis por vencer a Liga dos Campeões em 80% das edições que foram disputadas até então. Em apenas 3 edições do torneio, a final foi formada por dois times não-membros do G-14.

A entidade foi dissolvida após acordo financeiro com a UEFA - foi quando os clubes passaram a receber compensações pelos jogadores que cediam às seleções e também quando algum deles se lesionavam nesses jogos. Foi aí que, em seu lugar, surgiu a Associação Europeia de Clubes.

Desde seu inicio, ela foi reconhecida por UEFA e FIFA como entidade representativa dos clubes europeus, o que lhe deu a forma política que tanto buscava. Em seu início, tinha 16 membros; atualmente possui 207, dos quais 103 são membros ordinários e 104 são membros associados. TODOS os 53 países-membros da UEFA são representados, de acordo com um coeficiente calculado com base no rendimento dos times nas competições europeias. A cada biênio o número de clubes associados por país é modificado, de acordo com esse coeficiente.

A Associação Europeia de Clubes se define como um grupo de "amigos competitivos, que se enfrentam em campo para ganhar o jogo, mas que também enfrenta uns aos outros em salas de reuniões durante o trabalho em conjunto para o benefício de todos". Ela busca promover os interesses dos clubes europeus nas decisões tomadas pela UEFA e FIFA que os afetam diretamente.

Ela oferece serviços de representação, informação e "coaching" para os seus clubes-membros, oferecendo experiências da vida diária do futebol não só como um esporte, mas também como um negócio - algo que falta a muitos grandes clubes do Brasil e das Américas.

Nos próximos dias 5 e 6, eles se reúnem na 10ª Assembleia Geral, onde, pela primeira vez, a entidade irá dividir suas experiências e conhecimento com clubes de outros continentes: foram convidados 65 clubes de todo o mundo. Além do Corinthians, foram convidados, por exemplo, Santos, Boca Juniors (ARG, DC United (EUA), Toronto FC (CAN), Kashima Antlers (JAP) e Adelaide United (AUS).


OPINIÃO DO BLOG

Diz-se que esses convites da Associação, a clubes de todo o mundo, é uma tentativa de iniciar negociações para se criar uma espécie de Federação Mundial de Clubes. Concordo. E muito!

A ECA, e antes dela, o G-14, foram importantíssimos para fortalecer ainda mais o futebol europeu e seus clubes; através de suas ações, mudaram muitas práticas da UEFA e da FIFA, fortalecendo os laços entre os clubes e seus jogadores e aumentando os valores de contratos de publicidade e TV.

O futebol sulamericano se fortaleceu nos últimos anos, mas padece de algumas mazelas que são inadmissíveis no futebol do século XXI: o amadorismo de dirigentes que se acham eternos, não oferecendo oportunidade para a tão importante alternância de poder nos clubes e entidades, as enfraquecendo e deixando à mercê das suas politicagens extra-campo; o comodismo, obriga os clubes a se contentarem com um calendário que os prejudica e não oferece premiações à altura da importância dos campeonatos; e o rid´piculo clubismo que impera fora das quatro linhas e impede os cartolas de perceberem que, se unidos, acabam definitivamente com a exploração que sofrem das confederações continentais e da FIFA.

O movimento de mundialização da ECA, se existir de verdade, merece e DEVIA ser apoiado por todos os outros clubes do mundo. Esse é, para mim, o melhor caminho para fortalecer os times sul-americanos a ponto de chegarem ao patamar financeiro dos times da Europa.

E o nosso Corinthians seria o maior beneficiado nisso!

Vai Corinthians!

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