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sábado, 13 de dezembro de 2014

O que eu espero do Corinthians para 2015

Estamos de volta!

Depois de mais de seis meses parado, sofrendo sozinho com o nosso Corinthians, resolvi reativar o Fiel Corinthiano. Bem, reativar não seria a palavra, pois nunca tirei o blog do ar - apenas não estava postando. Nesse meio tempo, acumulamos mais de 20 mil visitas, graças aos 297 posts que já foram publicados desde 2012. E que agora serão muito mais!

Hoje é um dia importante: há dois anos, o Corinthians estreava no Mundial de Clubes no Japão, vencendo o Al-Ahly com aquele gol chorado do Guerrero. Acho que esse Mundial foi um dos últimos momentos em que vimos um Corinthians tão acertado em campo, não? Desde então, salvo raros momentos de brilho, o time acumula instabilidades técnicas e táticas e algumas crises de desempenho difíceis de entender. Ainda que tenhamos conquistado Paulista e Recopa ano passado, parece consenso que podíamos muito mais que isso.

Esse lance aconteceu há dois anos! (Foto: Shuji Kajiiyama / AP Photo)
O atual momento do Corinthians simboliza muito do que tenho sentido quando penso no time: se por um lado tudo parece no lugar, por outro nada parece estar garantido. Ora, parece que 2015 será perfeito; ora, que um desastre se desenha a cada curva.

Calma que eu explico: lá por setembro, outubro, o clube resolveu que finalmente faria a tal pré-temporada no exterior, que acabou miando em junho. Faremos uma (longa) viagem aos EUA para enfrentar o Fort Lauderdale em um amistoso, e os alemães Köln e Bayer Leverkusen pela Florida Cup. 

E então, semanas depois, acabamos ficando no 4º lugar do Brasileirão, indo parar na primeira fase da Libertadores, já em 4 de fevereiro. Será que se o clube soubesse desse compromisso, tão importante e tão cedo, ainda desgastaria o elenco com uma viagem tão estafante? Eu não sei, mas espero que não influencie.

Nesse meio-tempo, o clube se prepara para as eleições. E eu estou tendo o "privilégio" de poder acompanhar o processo ao mesmo tempo em que nosso rival, Santos, realiza suas eleições (eu moro em Santos, pra quem não sabe). E algumas diferenças entre as duas eleições são escandalosamente desfavoráveis a nós. 

Fico em duas diferenças pra não estender o post. Primeira: no Santos, a atual diretoria é proibida de realizar negociações 90 dias antes do dia da eleição, e até que a nova diretoria assuma. Aqui, o candidato da situação fala, age e pensa como se fosse o novo presidente, e com a conivência do que hoje ocupa a cadeira no Parque São Jorge. Segunda: aqui em Santos, os candidatos já passaram por entrevistas a sites e jornais locais e já participaram de DOIS DEBATES. Já no Corinthians, sequer o nome dos candidatos é informação pública e notória - pergunte a dez amigos corinthianos se eles sabem os nomes de todos. Duvido que você ache alguém que acerte todos. E isso é muito triste.

Gobbi x Andrade: quem é o presidente, mesmo? (Fonte: Lancenet)
Enfim. Outro problema tem a ver com as eleições - na verdade com a DATA das eleições. Como ocorre em 2015, obriga a diretoria que está saindo a planejar uma temporada cuja gerência não será responsabilidade dela. Um convite ao trabalho mal feito, feito às pressas. Junte-se a isso um time que, se é qualificado em alguns setores, é carente em outros (como as laterais) e tem um ataque tão pobre que ficou refém do único que está produzindo - tão refém que lhe permite achar que pedir R$ 17 milhões pra renovar o contrato é algo aceitável. 

Poderia citar também essa desnecessária divisão da torcida, que surgiu graças a uma política de ingressos bem questionável que o clube vem promovendo na Arena, e que se intensificou graças aos extremismos dos torcedores - tanto dos que defendem uma popularização radical do Corinthians, quanto dos que insistem em elitizar o clube, relegando sua história operária às páginas dos livros. Mas isso fica pra um outro post.

Como nem tudo é problema, em uma coisa o Corinthians acertou nesse ano - e bota acerto nisso: o amistoso contra o Corinthian-Casuals, em 25 de janeiro. Tive o profundo prazer de receber os ingleses em São Paulo, em setembro, e de acompanhar parte das conversas com o Corinthians in loco. E fiquei extremamente feliz de ver os paulistas finalmente dando o devido valor aos laços eternos que possuímos com os irmãos ingleses. Esse jogo era muito esperado e vai ser um momento mágico, inesquecível!

AINDA ASSIM, me preocupo um pouco com o cenário que se desenha à nossa frente. Estamos terminando 2014 com uma diretoria em fim de trabalho, com várias pendências a resolver e poucas soluções em vista. Começaremos 2015 com uma maratona de jogos - serão DEZ jogos em 27 dias, contando do jogo com o Casuals. É muita coisa.

Imagine agora que esse time, que jogará uma vez a cada 3 dias a partir de 25 de janeiro, terá o desafio de passar pelo confronto eliminatório da 1ª fase da Libertadores. Decidimos fora de casa, e o adversário é um colombiano - Once Caldas, Independiente de Medellin ou Santa Fé. Será que estaremos preparados? A torcida iria tolerar uma eliminação, considerando que o novo técnico (provavelmente o multicampeão Tite) estaria iniciando um novo trabalho?

A torcida suportaria um novo "Tolima Day"? (Foto: Rodrigo Vessoni / Lancenet)
Só espero que todas essas dúvidas e incertezas sejam apenas um pessimismo excessivo da minha parte. Que o clube saiba se planejar. Que o Corinthians-2015 se encontre rapidamente em campo. Que as picuinhas políticas não adentrem no gramado. Que a torcida resolva se unir ao invés de se separar. E que o Corinthians volte a ser o Corinthians, pra alegria de todos nós.

Que venha 2015! Vai Corinthians! 


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