1 – O verdadeiro recorde de público
Muita gente ainda pensa que o recorde de público do Morumbi foi estabelecido na noite do gol de Basílio. Mas aquele foi o público do domingo. Na quinta, havia 86 677 pagantes.
2 – Classificação por renda é lenda
Pelo confuso regulamento do Paulista de 1977, estariam garantidos no terceiro turno, a fase decisiva do campeonato: o campeão e o vice do primeiro turno; o campeão e o vice do segundo turno; os dois times com mais pontos na soma dos dois turnos; as duas equipes com melhor renda em seus jogos. O Timão, com um público total de 2 257 643 pessoas e média de 47 034 pagantes, pegaria com folga uma das vagas por renda. Mas não precisou disso para chegar às finais,
pois ganhou o segundo turno e ficou em segundo lugar na soma geral dos pontos, com 55, ao lado de São Paulo e Botafogo de Ribeirão Preto e atrás do Palmeiras, que fez 61.
pois ganhou o segundo turno e ficou em segundo lugar na soma geral dos pontos, com 55, ao lado de São Paulo e Botafogo de Ribeirão Preto e atrás do Palmeiras, que fez 61.
3 – Ingressos com a marca dos rivais
Os ingressos das finais foram impressos por antecipação e identificados apenas por um carimbo batido às vésperas da partida. Isso explica porque traziam o escudo e a foto posada de três times rivais do Corinthians: Portuguesa (no primeiro jogo), Santos (no segundo) e São Paulo (na terceira partida, aquela em que o título finalmente foi decidido).
4 – O governador corintiano
Em 1977, o empresário Paulo Egydio Martins era o governador de São Paulo. Eleito indiretamente em 1975, ficaria no cargo até 1979. Corintiano, recebeu
Vicente Matheus no Palácio e posou ao lado da taça.
5 – E se o jogo terminasse empatado?
Ia dar a maior confusão. Pelo regulamento, deveria haver prorrogação de 30 minutos, na qual o Timão jogaria pelo empate por ter mais vitórias ao longo do campeonato (26 contra 23). A Ponte, porém, alegava que o regulamento era falho, e entrou em campo dizendo que não jogaria o tempo extra.
6 – Mobilização política
Às vésperas do segundo jogo das finais, em um domingo, o vereador José Bustamante levantou a hipótese de que se decretasse ponto facultativo na segunda-feira, em caso de vitória corintiana, mas o prefeito Olavo Setúbal negou o pedido.
7 – O caso Rui Rei
Em seu livro A História de um Tabu Que Durou 22 Anos, o professor José Teixeira, preparador físico corintiano naquela campanha, apresenta sua versão: “O controle feito pelos especialistas da ciclobiologia para a última partida afirmavam que Rui Rei estaria em dia crítico, principalmente no aspecto emocional. Foi dada uma importância e maior atenção a essa informação”. A “importância” que o Corinthians teria dado foi plantar um falso repórter para abordar Rui Rei no gramado antes do jogo e desestabilizá-lo emocionalmente, com provocações descabidas sobre ele e sua família. A tática, pelo visto, deu certo.
[]_ []-[] []D
ResponderExcluir[]_ []-[] []D
ResponderExcluir