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sábado, 13 de outubro de 2012

1977: Você já parabenizou um corinthiano hoje?


O 13 de outubro nunca mais deixou de ser apenas uma data no calendário após 1977. Isso porque, nesse dia, a maior das angústias do torcedor corinthiano teve fim: enfim, conquistava-se novamente o Campeonato Paulista... após 23 anos!

Por mais que tivéssemos conquistado um Rio-SP em 1966 e outros torneios ali e aqui... ficamos 23 anos sem vencer o estadual mais importante do país... e também a Taça Brasil.... e também o Robertão... que angústia!

Foram necessários 22 anos, 8 meses e 7 dias para que a bola, enfim, chegasse aos pés de Basílio, no gol mais sofrido da história do futebol. Aos 38 minutos do segundo tempo, na noite mágica de 13 de outubro de 1977, com mais de 86 mil fiéis fazendo tremer o Morumbi (sim, nosso salão de festas desde aquela época rsrs) ao ver cair por terra esse jejum tão incômodo.

Foi o 1 a 0 mais importante do time; valeu como goleada e entrou para a história do Timão!

Resultado sofrido, como a gente gosta. Antes de invadir a rede, um bate-e-rebate na pequena área fez com que os torcedores segurassem a respiração por alguns bons segundos antes de soltar a voz. Basílio, o herói, lembra que os jogadores estavam tranqüilos, mas os torcedores não: "Tínhamos um time experiente. Mas acabou o segundo jogo, perdemos o jogo e fomos embora de kombi. Os caras (torcedores) batiam nos vidros, no carro, quase viraram. Eram 22 anos. Mas lá dentro estávamos tranqüilos. Sabíamos que tinha outro jogo." - conta o ex-atleta.

Os placares de 1 a 0 para o Corinthians e 2 a 1 para a Ponte Preta (o jogo com mais de 138 mil pessoas no estádio) nas duas primeiras partidas forçaram a realização de um terceiro jogo. Era preciso apenas um empate para sagrar-se campeão (com prorrogação), mas o Corinthians entrou em campo disposto a buscar mais para sua torcida.



Logo no início da partida, aos 16 minutos, o atacante pontepretano Rui Rei reclama com o juiz Dulcídio Wanderley Boschillia e é expulso. Quem temia por uma nova tragédia passou a ficar mais aliviado. Porém, apenas aos 39 minutos, Geraldão quase abre o placar aos 39 minutos, após aproveitar um cruzamento de Vaguinho.

No segundo tempo, os dois times entram muito nervosos; preocupam-se mais com a defesa do que com o ataque, somente usando os contra-ataques para se arriscar. Em um deles, Dicá, cabeceia livre na área. Para fora. Susto para os 86 mil corinthianos.

Assustado, o técnico Brandão se levanta e manda o time para o ataque. E o destino contribuiu: aos 36 minutos, Zé Maria bate uma falta pela direita. A bola cruza toda a pequena área e para no pé de Vaguinho, que, de bico, chuta a bola no travessão do goleiro Carlos. Ela quica no chão e sobe pra Wladimir cabecear, só que Oscar salva também de cabeça. Mas, no rebote, Basílio, de pé direito, com toda a força do mundo, faz o esperado gol. Festa no Morumbi. Faltava pouco!

Perto do fim, Oscar e Geraldão brigam e são expulsos. E aos 46, Dúlcidio pede a bola e encerra a partida: o Corinthians é campeão! Fim do jejum! Fim do sofrimento!

Naquele Paulistão, o Corinthians jogou 48 vezes, com 30 vitórias, seis empates e 12 derrotas. Fez 72 gols e sofreu 38. O artilheiro foi Geraldão, com 24 gols.

Há quem diga que a Libertadores foi o maior título da nossa História. Mas penso que cada título tem sua devida importância... como dizer a qualquer um dos torcedores daquela época que o sentimento deles vale menos do que o nosso?

Pelo bem, pelo mal, deixemos de comparar e vamos simplesmente comemorar!

E você, já parabenizou um corinthiano hoje?

Vai Corinthians!!!

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