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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Cinco jogos em 2019: mudanças e permanências em relação à 2018

Fábio Carille voltou para comandar o clube na temporada de 2019. (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

Após a derrota contra o Red Bull Brasil ontem, por 2 a 0, na Arena Corinthians, pelo Paulistão, o Corinthians completou cinco jogos no ano. São quatro jogos pelo Paulistão e o amistoso contra o Santos.
São cinco jogos, com duas derrotas, dois empates e apenas uma vitória. Após a volta do técnico Fábio Carille - que teve um sucesso em um passado recentíssimo no clube - a torcida ficou empolgada, esperando mudanças e um time melhor para esse ano de 2019. Depois de cinco jogos disputados, vamos conferir mudanças e permanências em relação ao ano de 2018.

OBSERVAÇÃO: As mudanças e permanências são comparadas com o último trabalho, de Jair Ventura.

MUDANÇAS
 

IMPROVISAÇÕES
O meia Júnior Sornoza vem jogando improvisado na ponta esquerda. (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)
Nesses primeiros jogos de 2019, Carille utilizou um jogador fora de "sua posição natural" em todos os jogos. Sornoza - que naturalmente joga na posição de Jadson - está atuando pela ponta esquerda quando entra em campo. Léo Santos, contra a Ponte Preta, jogou pela lateral-direita e, contra o Red Bull Brasil, jogou pela lateral-esquerda. Esses casos poderiam ser considerados "tapas buracos" mas são testes de Carille, pois ele tem no elenco jogadores que são habituados a jogar nessas posições.

MENOS UTILIZAÇÃO DE PONTAS
Ramiro foi utilizado na ponta. (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
Nesses primeiros jogos, uma mudança tem sido muito notória: o time está jogando com menos pontas. Em 2018, o time sofreu problemas com isso, pois tentava muitas jogadas laterais que não resultavam em nada. Esse ano, elas tem sido quase nulas. O próprio fato de Sornoza ser improvisado na ponta esquerda, caindo mais para o meio, e com Ramiro - jogador vindo para atuar como meio-campo, que porém também joga pelas pontas - jogando pelos lados, demonstra a vontade de Carille de um jogo mais centralizado, com pouca utilização dos pontas.

PERMANÊNCIAS

 DEFESA INCONSISTENTE
Carille conversa com Léo Santos durante treino. (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)

Considerada ser a especialidade de Carille, a torcida corinthiana esperava que a defesa do time em 2019 fosse mais consistente e levasse menos gols. Em sua primeira passagem, Carille disputou 114 jogos e sofreu apenas 85 gols. Uma média de 0,74 gol sofrido por jogo. Porém, desde sua saída, a defesa parece ter se desregulado. A bola área também é um problema desde a saída de Fábian Balbuena, em julho de 2018. Com a volta de Carille, esperava-se uma solução. Mas não é isso que vemos: se compararmos os gols sofridos nos cinco primeiros de 2017 - primeiro ano de Carille no comando do clube -, a equipe de 2019 tomou 5 gols a mais (6 em 2019 contra apenas 1 em 2017). Além disso, dos 6 gols sofridos em 2019, apenas 2 não foram em lances de bola área: um pênalti e uma sobra de um chutão do goleiro adversário. Nos últimos cinco jogos de 2018, o Corinthians tomou apenas 3 gols (3 a menos que o início de 2019). Além desses números, em cinco jogos, os quatro titulares da defesa nunca se repetiram: foram cinco combinações diferentes. Ninguém é absoluto na zaga.


TIME SEM CRIATIVIDADE

Jádson é o cérebro do time de Carille. (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
Segundo o site "Footstats", a equipe do Corinthians precisa, em média, trocar aproximadamente 771 passes para marcar um gol. É a 13ª equipe que menos precisa trocar passes no Campeonato Paulista. No jogo contra o Red Bull, tivemos apenas duas finalizações a gol. Uma péssima marca. Segundo o site "Sofascore", o Corinthians teve apenas 7 grandes oportunidades nos quatro jogos do Paulistão. Dessas 7, apenas 3 foram gols. Além da demora para fazer gols, outro sinal da falta de criatividade é a quantidade de cruzamentos que o time realiza: no Paulistão, foram 86 tentativas de cruzamento e apenas 25 certos. Uma taxa de aproveitamento de aproximadamente 30% deles. Dos dois gols de cabeça do time no Paulista, ambos foram de escanteio. Apenas o gol de Gustavo contra o Santos foi vindo de um cruzamento. 
  
Ainda é início de trabalho, porém já são cinco jogos e um mês de treinos. Alguns erros que acontecem não deveriam estar acontecendo mais. Carille já nos surpreendeu antes, então vamos esperar.

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