Esse texto deveria ser, sim um pós-jogo, com uma análise (nem tão) técnica e (mais ou menos) profunda sobre o Corinthians x Palmeiras de hoje. O problema é que não há muito material de análise, pois praticamente não houve jogo (para nós, claro)!
Ontem tinha pedido, aqui no blog, um time com alma, coração. Nem um nem outro foram levados pelos jogadores para Itaquera, infelizmente. O que vimos, ao invés disso, foi uma equipe apática e sem entrega, que viu um Palmeiras corajoso e competente levar a partida como bem entendeu. Dominaram o primeiro tempo, principalmente, quando marcaram os dois gols do jogo (Rafael Marques aos 24' e Zé Roberto aos 46') e enterraram nosso Timão nessa crise que, se ninguém sabe como começou, todos têm certeza de que não vai acabar tão cedo. A torcida, que já havia se revoltado essa semana por causa da saída de Guerrero, não aceitou nada bem a derrota.
Tite, sem reação a um dos gols do Palmeiras (Foto: Reprodução / Terra) |
Por que razão, então, uma mudança tão brusca de esquema tático? Um volante a mais no meio-campo é uma tremenda alteração a ser absorvida pelo time; um risco ao entrosamento, especialmente em um clássico.
O resultado foi nítido: o Corinthians foi engolido pelo rival. Não tivemos chances sequer de empatar esse jogo. Segundo Tite, o momento definiu o esquema: "Eu busquei entender o momento. Romero, por exemplo, entrou e foi bem. Queria dar oportunidade. Deixar os jogadores em seus devidos lugares nessa montagem. Petros no lado esquerdo, Jadson no lado direito, Bruno Henrique por não ter o Elias em sete jogos. Então precisava montar a equipe assim, trazer os jogadores para suas posições". Além de confuso, não explicou o porquê do 4-5-1.
E por que ter deixado o Elias no banco? A justificativa oferecida, após o jogo, foi: "A responsabilidade é minha, porque entendi que o bom momento do Bruno Henrique, e a saída do Elias, daria uma continuidade. Foi essa a opção". Ou seja, pelo que pude entender, um suposto "bom momento" do Bruno Henrique foi o suficiente para que Tite colocasse no banco, em pleno Derby, um dos membros da espinha dorsal do Corinthians mágico do primeiro trimestre, sem cerimônia alguma. Não consigo entender essa lógica.
O que eu entendo, porém, é que o Corinthians tinha capacidade - e time - pra fazer mais em campo do que fez. Mesmo Com três volantes, mesmo sem Guerrero (dispensado), Sheik (não relacionado) e Elias (no banco), não havia razão para tantas falhas defensivas, uma ineficiência tão grave no ataque, e uma apatia tão generalizada, a ponto de nem ser necessário ver o jogo todo para se saber que, hoje, o único vencedor possível seria o Palmeiras. E é óbvio que isso revolta a torcida, que começou a se manifestar logo depois da partida.
Cerca de 200 torcedores protestaram do lado de fora da Arena após a derrota (Foto: Reprodução / Terra) |
Que a diretoria acorde de uma vez, abra os olhos para o inferno que o time está vivendo e toma atitudes. Muita coisa tá errada e o time só está se afundando. Essa crise é uma situação perfeita para o presidente Roberto de Andrade promover as mudanças necessárias, trazer a torcida para perto do time de novo e proteger os jogadores, para que trabalhem em paz! Caso contrário, continuaremos sem saber que parte da culpa cada um tem pela nossa queda absurda de rendimento e veremos nosso Corinthians voltar a sangrar meses a fio, sem uma luz no fim do túnel, como foi em 2013.
Resgatem o meu Corinthians!
FICHA TÉCNICA: CORINTHIANS 0X2 PALMEIRAS
Local: Arena Corinthians (São Paulo/SP)
Data e hora: 31 de maio de 2015, domingo, às 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo (SP)
Assistentes: Rogério Pablos Zanardo e Daniel Paulo Ziolli (ambos de SP)
Público: 29.479 pagantes (total de 29.869)
Renda: R$ 1.784.531,76
CORINTHIANS: Cássio; Fagner (Edílson), Edu Dracena, Gil e Fábio Santos; Ralf (Mendoza), Bruno Henrique, Jadson, Petros (Danilo) e Renato Augusto; Romero. Técnico: Tite
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas (Ayrton), Vitor Hugo, Jackson e Egídio; Gabriel, Arouca (Amaral), Kelvin (Leandro), Valdivia e Zé Roberto; Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira
Gols: PALMEIRAS: Rafael Marques, aos 24, e Zé Roberto, aos 46 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Ralf, Renato Augusto, Gil, Edílson e Danilo (Corinthians); Arouca, Egídio, Lucas, Valdivia e Kelvin (Palmeiras)
Nem corintiano está comentando aqui ?, cara você é todo estranho de cara torta e clubista e chato pra cacete como todo corintiano, se preocupa em falar do seu time cara e esqueça outros, inveja é feio sabia ? depois reclama quando falam de vocês né ? os "antis" ainda é hipócrita
ResponderExcluirAposto que não publica este tipo de critica, mas que importa que você leu.
Uau, ele xinga! Meus Deus, como vou reagir a uma crítica tão construtiva?
Excluir"Crítica publicada", senhor Anônimo. Uma pena que tenha preferido comentar sem dar a cara a tapa. Respeitaria mais sua opinião, se soubesse quem você é. E agradeço sua visita! Abraço ;)