Últimas

LightBlog

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Cada time tem o fim da fila que merece


As histórias e lembranças sobre a conquista do Paulista-1977 são inesquecíveis e serão eternizadas na história do Corinthians. A forma como a torcida se envolveu... como os jogadores se desdobraram para superar os seus limites e devolver a alegria à Fiel Torcida. Foi um título tipicamente corinthiano. Não podíamos vencer de outra forma.

E no fim das contas, o futebol se encarrega de dar a cada time a história que ele merece. Isso fica claro como água ao vermos nosso rival alviverde comemorando os 20 anos do Paulista-1993, que os tirou da fila de 17 anos. A conquista veio pouco mais de um ano depois do início da parceria com a Parmalat, e o título era mais do que necessário.
Eles tinham um time muito forte, mas ainda assim perderam a primeira partida da final para nós por 1x0. Só que na volta, golearam por 4x0 e saíram da fila.
O placar elástico surpreende, mas o que mais surpreende é saber que eles podem ter tido uma bela ajuda pra chegar lá. E quem diz isso não sou eu...
A Placar publicou reportagem, em novembro de 2005, a respeito de uma investigação do Ministério Público sobre dirigente que pressionavam árbitros em busca de proteção ou benefícios a clubes de futebol. E a final de Paulista-1993 foi alvo dos promotores, por causa de um suposto esquema da Federação Paulista para indicar para a final o árbitro que teria uma missão em campo, e uma só: garantir que o Palmeiras fosse campeão paulista. Tratava-se do “Esquema Parmalat!”, em referência ao patrocinador que estampava a camisa do Palmeiras.
Basicamente, a denúncia é de que a Federação Paulista de Futebol fraudou o sorteio do trio de arbitragem para a partida final do campeonato, a fim de que José Aparecido apitasse o jogo. Digo fraudar, pois o sorteio era a regra naquele campeonato. Veja video onde Oscar Roberto Godói, falando a respeito:

A versão sustentada até hoje pelos dirigentes é de que o juiz escolhido para aquele jogo saiu em um sorteio, envolvendo os árbitros José Aparecido, Oscar Roberto Godói, João Paulo Araújo e Dionísio Roberto Domingos. Na época, a Placar não ouviu Domingos. Mas os outros três foram categóricos em dizer: Aparecido foi escolhido (supostamente por Reinaldo Carneiro de Bastos que até este ano comandava a arbitragem em São Paulo), e não sorteado pela Federação.

“Eu cheguei a estar previamente escalado. Mas fiquei de fora porque nunca tive padrinho dentro da Federação, nunca me submeti a nenhum tipo de pressão de dirigentes”, disse João Paulo Araújo, em entrevista gravada à Placar. “Antes do jogo, falaram coisas para o Aparecido, sobre como ele deveria atuar no jogo. Eram coisas que ajudariam o  Palmeiras”, diz João Paulo, que é amigo de Aparecido. Segundo ele, o juiz teria sido orientado a ser “muito rigoroso”  com os cartões e marcações de faltas. Isso, na visão de João Paulo, serviria para ajudar justamente a equipe mais técnica entre os dois adversários: no caso, o Palmeiras.

Os cartolas da FPF sustentam que Aparecido foi sorteado. “Sim, foi sorteio. Eu mesmo fiz, com o Ilton José da Costa”, diz Emídio Marques — os ex-árbitros Costa e Marques faziam parte de uma comissão de “notáveis”, que escolhia os juízes. Usaram bolinhas de bingo, teve testemunha? “O sorteio foi na papelzinho mesmo”, diz. Aparecido confirma a versão, que lhe pediram mesmo para ser extremamente rigoroso (um pedido que, curiosamente, não havia sido feito antes da final). “Me disseram que era para apitar como se fosse a última partida da minha vida, que não era para eu deixar passar nada.” O juiz, porém, nega que isso tenha sido dito para  favorecer o Palmeiras. “Fui escolhido por ter fama de disciplinador mesmo.”

Aparecido foi “muito rigoroso” mesmo com o zagueiro Henrique, do Corinthians, que acabou expulso aos 39 minutos do primeiro tempo. No lance seguinte, porém, aos 41, o mais polêmico de toda a partida, não teve o mesmo critério: Edmundo entrou forte no corintiano Paulo Sérgio na lateral do campo. Carrinho duríssimo. Levou só o amarelo. “É que eu não vi esse lance de frente. Reparo muito na expressão dos jogadores antes de marcar alguma coisa. A expressão do Paulo Sérgio não indicou que foi falta para expulsão. Se eu tivesse visto de frente, teria expulsado o Edmundo com certeza”, diz Aparecido.

Os gols e lances polêmicos ocorreram da seguinte forma:
- 37min do 1º tempo: Zinho faz 1 x 0 Palmeiras
- 39min do 1º tempo: Henrique é expulso, após falta em Edílson. Ele leva o segundo amarelo
- 41min do 1º tempo: Edmundo dá um carrinho perigosíssimo em Paulo Sérgio na lateral do campo, aos pés do auxiliar Oscar Roberto Godói, e leva só o amarelo
- 16min do 2º tempo: Ronaldo, que já tinha o amarelo, faz falta em Edmundo fora da área é expulso. Na confusão, Tonhão, do Palmeiras, leva o vermelho também
- 29min do 2º tempo: Evair faz 2 x 0
- 38min do 2º tempo: Edílson faz 3 x 0
- 9min do 1º tempo da prorrogação: Edmundo é derrubado por Ricardo, e Aparecido dá pênalti. Ezequiel reclama e leva vermelho. Evair cobra e decide de vez o campeonato.

A escalação de Aparecido soa ainda mais estranha devido ao fato de ele ter apitado a semifinal exatamente anterior à final, entre São Paulo e Corinthians. O gol do Corinthians teria sido feito por Neto em suposto impedimento. E Aparecido e seus auxiliares anularam um gol legal de Palhinha quando o jogo estava 0 x 0.
"Mas por que ele favoreceu o Corinthians na semifinal, para depois prejudicá-lo na final contra o Palmeiras?"

Justamente porque fazia parte do esquema tirar o São Paulo da final. O clube era o mais forte do estado, ao lado do Palmeiras, e foi exatamente quem tirou deles o título no ano anterior. Jogar a final contra o Corinthians, time mais fraco tecnicamente, era uma forma de "garantir" o sucesso do plano.
Pode ser que nada disso tenha ocorrido. Mas a suspeita nunca deixará de existir. Enquanto nossa fila acabou  em um jogo que provou o que é a raça corinthiana, a deles acabou em uma partida que, no mínimo, carrega um belo asterisco ao lado do placar.

Aos que acharem a história fantasiosa demais, apenas mais uma informação: José Aparecido voltaria às manchetes em 1997, acusando Ivens Mendes (então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem) de mandá-lo ajudar a Argentina, contra a Colômbia, num jogo pelas Eliminatórias.
Uma vez ladrão...

Agradecimentos especiais ao grande amigo Felipe Prevedello, que deu mais uma bela deixa pra um post aqui no blog!

7 comentários:

  1. Nossa, meu, como gambá é burro e tem memória curta. Sabe qual era o "Esquema Parmalat"? Era lavagem de dinheiro. Investiam no Palmeiras e limpavam o dinheiro ao revender os jogadores, mais ou menos como a máfia russa fez com o corinthians com a MSI e faz até hoje. Quanto ao árbitro, foi investigado pelo ministério público, quebraram o sigilo bancário, e não encontraram nada - absolutamente nada. Até entendo que gambá, quando o juiz não rouba a favor, se sente injustiçado. Afinal de contas, a maior parte dos seus títulos foi conquistada no apito, inclusive o paulistão de 77, que demonstra sim a raça coritintiana: a raça de ladrões. Quantos títulos do corinthians têm um grande asterisco ao lado? Podemos começar pelo brasileirão de 2005, a copa do brasil de 2009, a libertadores de 2012 e, por que não, o paulistão de 77. Isso para citar apenas alguns. Todo mundo sabe que a Globo fez a maior campanha para o corinthians sair da fila, a campanha foi tão grande que foi assim que a torcidinha dos analfabetos cresceu tanto. Por fim, de fato cada time tem o fim da fila que merece. Uns ganham roubado no sufoco da poderosa ponte preta, outros metem uma goleada inconteste no maior rival. Pois é.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Entao expulsou o edmundo seu palmeirense burro tava comprado essa porra e ganhamos libertadores invicto seus bi rebaixado

      Excluir
  2. chora gambazadaaaaaaa

    ResponderExcluir
  3. Ninguém liga, gol do Roy Keane e ponto final !

    ResponderExcluir
  4. A libertadores 2012 foi roubada ? Kkkkk e o mundial de pinga vale mesmo ??? Kkk GOL DO ROY KEANE

    ResponderExcluir
  5. Bossa que viagem esse post. Tebta dar caras de honestidade ao Paulista de 77, com jogador da Ponte comprado, e tenta dar ares de roubo em uma final onde o juiz expulsou o Tonhão do jeito mais roubado possível (mas fica ela por elas porque o Edmundo realmente fez falta para expulsão). Pipr, se o placar tivesse sido magro para o Palmeiras, por 1 x 0 com gol impedido, podia até concordar que havia cheirp de coisa errada. Mas não, foi uma surra incontestável, 4 gols legais... Enfim, o que não dá para esconder, é o asterisco no paulista 77 e senão me engano 98 (o da semi contra a Portuguesa), nos Brasileiros de 2005 e 2015, na Copa BR 09, na Libertadores 12 (se o gol do Vasco não tivesse sido mal anulado, se o bandeirinha contra o Santos, que desenhou um C com espuma em campo não estivesse com o braço engessado contra o peixe, vocês estariam até hoje inventando mil desculpas para legitimar a summer cup 2000... Enfim, o Corinthians é um time com um grande asterisco do lado desde sempre. Maior torcida significa maior ibope, o que atrai todo tipo de gente nefasta aos bastidores querendo tirar uma casquinha...

    ResponderExcluir
  6. O time do cara saiu da fila comprando jogador da Ponte (Ruy Rey) em 1977, e ele quer ter alguma moral para falar em "esquema" depois de apanhar de 4 a 0 na final de 93.

    Piada!

    ResponderExcluir