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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Lições do passado e cuidados a tomar para enfrentar a semana mais decisiva de 2018


Semana pode ser decisiva para o técnico Fábio Carille (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)
Hoje (10), o Corinthians enfrenta o Vitória, na sua Arena, em jogo de volta das oitavas-de-finais da Copa do Brasil. O jogo de hoje inicia, talvez, a semana mais difícil da curta carreira do técnico alvinegro Fábio Carille. Sim, mais difícil que a semana que antecedeu seu primeiro derby. Sim, mais difícil que a turbulenta semana da queda da invencibilidade. Sim, essa semana é mais difícil que todas as outras que já se passaram com Carille no comando corinthiano.

A importância da semana

Nos próximos sete dias, o Corinthians entrará em campo três vezes, por três competições diferentes. Hoje, contra o Vitória, pela Copa do Brasil; domingo, contra o Palmeiras, pelo Brasileiro; e por último, quinta-feira, contra o Deportivo Lara, pela Libertadores. Em caso de infelizes três revezes, a equipe entrará em grande crise, afinal estará eliminado da Copa do Brasil, se afastará dos primeiros colocados no Brasileirão e se dificultará para se classificar na competição continental. Entretanto, três vitórias farão com que volte o alívio do torcedor alvinegro. Esses são os três jogos mais importantes da temporada, até o momento.

Os aprendizados

No confronto de ida, onde se iniciou essa péssima sequência de 4 jogos sem vitória, o time já demonstrava claros sinais de cansaço. Era o terceiro jogo fora de casa em uma semana. Milhares de quilômetros viajados, sem voltar para casa, sem treinar, apenas jogar.

O jogo foi 0 a 0, resultado que não traz problemas para o jogo de volta, porém a atuação da equipe foi ruim. Teve maior posse de bola, mas não ofereceu perigo e teve pouca objetividade. O primeiro aprendizado que a equipe ganhou, foi esse: o cansaço interfere no modo de jogar.

O jogo seguinte, também fora de casa, foi contra o Atlético Mineiro, no Independência. Nesse jogo, o Corinthians foi inoperante. Teve menor posse de bola, chutou apenas uma vez - e nem no gol foi -, não conseguiu jogar como o Corinthians e veio a derrota. Eis o segundo aprendizado: nem sempre a mesma estratégia funciona.

Terceiro jogo dessa série, contra o Independiente, pela Libertadores, dessa vez em Itaquera. Caso ganhasse, o Corinthians precisaria de apenas mais um empate para garantir sua classificação às oitavas de finais da competição continental. Porém, com um minuto, os argentinos abriram o placar. Depois do gol relâmpago, o Independiente ainda levou perigo, poderia ter feito mais dois, pelo menos. A equipe alvinegra parecia não ter entrado em campo. Nocauteou-se após o gol, errava tudo que tentava e demorou para se reencontrar.  Pra piorar, Angel Romero ampliou para os argentinos desviando contra a própria meta: caos em Itaquera.

O Timão demorou um pouco para se reencontrar, aos 31 minutos marcou seu único gol com Jadson, e até melhorou na segunda etapa após a entrada de Pedrinho, mas não conseguiu empatar. Para piorar a situação, Sheik, em um lance de juvenil, foi expulso após apenas dois minutos em campo. Esse é o terceiro aprendizado: apostar mais na juventude, que vem dando certo, do que na experiência, que cada vez mais vem falhando.

Por fim, no quarto jogo, o Corinthians enfrentou o Ceará, novamente em sua casa. Dessa vez, Carille optou por um time "alternativo", descansando jogadores que estavam no limite de sua energia. Desatento, voltou a sair atrás, em um golaço de Wescley. Tentativas não faltaram, mas o Corinthians não conseguia marcar o gol de empate. Até pouco antes do gol, a equipe havia tentado 12 jogadas pelo ar, não ganhando nenhuma. Marquinhos Gabriel, que foi bastante criticado pela Fiel, perdeu algumas chances. Roger fez uma atuação na média, apesar de perder dois gols "feitos" no final do jogo, que poderiam ter dado a vitória ao Corinthians. Henrique teve uma atuação defensiva sólida e marcou o gol de empate, aos 30 do primeiro tempo.

A única atuação que realmente foi de se elogiar nesse jogo, novamente, foi a do garoto Pedrinho. O jovem atacante parecia ser o único jogador da equipe incomodado com o empate. Driblava, corria, tentava... a torcida reconheceu o seu esforço e aplaudiu o garoto quando ele foi substituído por Émerson Sheik aos 35 da segunda etapa. Além de tentar, Pedrinho teve dois pênaltis não marcados pelo árbitro Sávio Pereira. Então o quarto aprendizado é: Pedrinho realmente merece sua chance. Merece e conseguiu: para o jogo de hoje, o menino será titular.
Pedrinho melhorou o Corinthians em todos os jogos onde entrou - ganhou a titularidade como prêmio (Foto: AFP)
Os cuidados que a equipe deve ter

Todos sabem que, ano passado, a equipe que tirou a invencibilidade do Corinthians no Campeonato Brasileiro foi o Vitória. Apesar de muito tempo ter passado, a equipe de Fábio Carille parece ainda não saber como jogar contra a equipe comandada por Vágner Mancini. Um cuidado é certo: com os contra-ataques. É muito possível que a equipe baiana deixe que o Corinthians proponha o jogo para buscar os 3 pontos no contragolpe.

É aí entra o primeiro aprendizado: uma equipe cansada é presa fácil no contra-ataque. Carille parece ter percebido isso e a equipe que entra hoje está descansada. Para o jogo de hoje, o xodó da torcida, Pedrinho, será titular. Após uma sequência de ótimas atuações, a comissão técnica achou que está na hora do garoto receber uma sequência de jogos como titular - hoje, será o segundo jogo seguido, e tem tudo para se destacar novamente, como vem fazendo sempre que entra nas partidas!

Tanto o terceiro quando o quarto aprendizados justificam essa escalação: Sheik pouco vem fazendo quando está no time, e algumas vezes até prejudica a equipe. Já Pedrinho sempre muda a equipe para melhor: traz mais imprevisibilidade, dribles e velocidade, que podem ser fundamentais em jogos contra adversários como o de hoje.

Por fim, estratégia - o segundo aprendizado. Os próximos três jogos s podem ser igualmente decisivos, mas compreendem circunstâncias de jogo totalmente diferentes! Enfrentar o Vitória e o Palmeiras em casa não é garantia de que uma mesma abordagem terá sucesso. Nossa Arena não basta, apesar de ser importante. Basta lembrar que nosso rival do domingo é apenas o atual melhor visitante do país: 15 jogos e apenas uma derrota - justamente para o Corinthians. Derrota, aliás, que só ocorreu porque o próprio Timão mudou a estratégia que falhou no jogo de ida da final do Campeonato Paulista, não custa lembrar.

Da mesma forma, é inocência pensar que o jogo em Barquisimeto, contra o Deportivo Lara será sequer parecido com esses dois que acabei de citar. Além de a logística da viagem até a Venezuela ser um verdadeiro pesadelo, os donos da casa sabem como engrossar o jogo. Novamente, saber ajustar a estratégia será a chave de uma possível (e necessária) vitória.

E você, Fiel Torcedor, concorda? O que acha que deve ser feito nos próximos jogos? Comente!

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