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terça-feira, 14 de maio de 2013

A Marca da Arena - Parte 2: Grupo Petrópolis


Fala Fiel!

Quero começar esse post agradecendo a todos que leram e comentaram a parte 1 da série, sobre a Etihad Airways (confira AQUI). Não sabia qual ia ser a reação, afinal essa é uma série baseada em especulações da imprensa... pois o Corinthians nunca confirmou o nome de nenhuma empresa candidata a comprar o nome do nosso estádio.

Mas, vocês curtiram e receberam bem o resultado da pesquisa, então... vamos prosseguir. A empresa de hoje é o Grupo Petrópolis (antiga Cervejaria Petrópolis), empresa dona da cerveja Itaipava! Vamos lá?

ANÁLISE DE MARCA: GRUPO PETRÓPOLIS
(BRASIL)

A informação de que havia interesse do Grupo Petrópolis nos naming rights da nossa Arena surgiu no jornal Folha de São Paulo, na coluna Painel FC. Não vou printar a tela, pois a Folha não nos respeita e já deu nome ao estádio... mas se você quiser ver a notícia, segue link. A partir daí a notícia se espalhou. Até que o nosso eterno presidente Andres Sanches confirmou o interesse.

Mas que empresa é o Grupo Petrópolis? Essa marca possui a grandeza necessária pra firmar uma parceria com o Todo Poderoso? Vejamos:

A então Cervejaria Petrópolis foi fundada na cidade de mesmo nome, no Rio de Janeiro, em 1994. Quatro anos depois, foi comprada pelo empresário Walter Faria, e sob seu comando, se expandiu: em 1999, adquiriu a cerveja Crystal. E no ano seguinte, anunciou parceria para produzir no Brasil a Weltenburger Kloster, cerveja alemã que consta entre as mais antigas do mundo - foi criada no ano de 1050.
Ficou conhecida por ter sido a primeira empresa a comercializar seus produtos com o selo de proteção. No início a inovação foi muito questionada, mas hoje é usada por muitas outras marcas.

Atualmente, ainda detém a produção das marcas Lokal, Petra, Black Princess, TNT Drink Energy, Blue Spirit, Nordka e Ironage.

Desde o fim de 2011 o Grupo Petrópolis está na vice-liderança do ranking de venda de cervejas no Brasil, atrás apenas da AmBev. Talvez por isso, a empresa é cobiçada por multinacionais, mas nunca cedeu às ofertas. Dentre as empresas que teriam se interessado, constam a Schincariol (2010) e a Heineken (2012).
Legal, mas e o apoio ao esporte?

O interesse do Grupo Petrópolis no apoio a eventos esportivos é recente, mas vem crescendo muito a cada ano que passa. Ainda assim, a grande maioria dos investimentos é voltada para o automobilismo. Confira:

Equipe Brawn GP (Fórmula 1 - 2009)
A empresa fechou em agosto de 2009 um patrocínio pontual com a Brawn GP, durante o GP Brasil de Fórmula 1, com a marca Itaipava. Dois meses depois, ampliou o acordo com para realizar o lançamento da bebida TNT Energy Drink.

Com o fim da equipe, não houve oportunidade para negociar qualquer tipo de renovação ou ampliação do acordo.


Scuderia Ferrari (Fórmula 1 - 2012 a 2014)
O acordo com a Ferrari foi anunciado em março de 2012, com a duração de três temporadas. A marca escolhida também foi a TNT. Na época, o chefe da escuderia, Stefano Domenicali, afirmou: “Estamos orgulhosos em receber um novo parceiro no time dos fornecedores oficiais da escuderia”. E completou: “A marca TNT está crescendo rapidamente e já estabeleceu uma presença significativa no mundo dos esportes automotivos.”


300 Milhas de São Paulo (Fórmula Indy - desde 2011) 
Desde 2011 a marca Itaipava patrocina a etapa de São Paulo da Fórmula Indy. O circuito de rua é conhecido como um dos mais desafiadores da competição. A partir daquele ano, a etapa passou a se chamar "Itaipava São Paulo Indy 300". Posteriormente, a Nestllé também passou a integrar o nome da prova.


Mais patrocínios no automobilismo
Em outras modalidades do automobilismo, o Grupo Petrópolis também está presente. Na Fórmula Truck, por exemplo, cinco pilotos são patrocinados pela cerveja Crystal (Adalberto Jardim, André Marques, Débora Rodrigues, Felipe Giaffone e Leandro Totti). Na Fórmula Indy, Tony Kanaan foi patrocinado pelo grupo, com as marcas Itaipava, Crystal e TNT.

A Stock Car e a Itaipava GT Brasil são outras modalidades do automobilismo onde o Grupo Petrópolis se fez presente.

Tony Kanaan ao lado do carro que usou na Fórmula Indy 2011
Itaipava Fonte Nova (Futebol - 2014 - 2023)
Talvez o mais recente acordo realizado pelo Grupo, e o que mais nos interesse. Em abril, foi anunciada a compra dos naming rights da Arena Fonte Nova pelo prazo de 10 anos. A marca escolhida para nomear a Arena foi a Itaipava.

O valor da compra foi de R$ 100 milhões, ou R$ 10 milhões por ano - a metade do que o Corinthians pede pelos direitos do nome da nossa Arena.


Outros patrocínios
Existe um leque grande de patrocínios pontuais (principalmente com o uso das marcas TNT e Ironage) nos mais diversos esportes. Exemplos são o surf, stand up paddle, skate, atletismo e ciclismo. 

A lenda do skate mundial, Bob Burnquist, é atleta da TNT Energy Drink. Rony Gomes, patrocinado também pelo Corinthians, é outro que possui o apoio da marca. No MMA, temos como exemplo o lutador Junior Cigano.

Junior Cigano, estrela do MMA

Rony Gomes exibe a marca TNT no skate, durante apresentação no Corinthians



CONCLUSÂO

O mercado de bebidas, principalmente a cerveja, cresce muito a cada ano no Brasil. Somente no ano passado, movimentou nada menos que R$ 17,7 BILHÕES. E para esse ano, estão previstos investimentos da ordem de R$ 2,5 bilhões.

É certo que muito desse constante crescimento de deve ao boom que esse mercado viveu após o surgimento da multinacional InBev, e antes disso da criação da AmBev, que domina o mercado brasileiro. Mas as outras cervejarias aproveitaram para crescer. Prova disso é que a Cervejaria Petrópolis aumentou o número de fábricas de uma para três, adquiriu novas marcas, passou a produzir outros tipos de bebidas e virou o atual Grupo Petrópolis.

Depois de se transformar em referência no apoio ao automobilismo brasileiro, e também a atletas de esportes radicais, a empresa se esforça para aproveitar ao máximo as oportunidades que a Copa irá oferecer. Baseada principalmente no tal "legado" que o evento promete trazer, como a melhoria no suporte aos turistas (estão previstos R$ 212 milhões de investimentos nesse setor) e também também na mobilidade urbana (mais R$ 11,7 bilhões em investimentos).

O primeiro alvo foi a Arena Fonte Nova. Dois motivos parecem claros para entender a opção: o fato de a Arena estar localizada no Nordeste, região que mais cresce no Brasil; e mais do que isso, o fato de estar localizado na Bahia, um dos estados com maior potenciual esportivo da região. Talvez apenas Pernambuco se equipare, e não é à toa que a Arena Pernambuco também está sendo assediada pela empresa, junto com o Mineirão e o Beira-Rio.

Ao fechar os naming rights por R$ 100 milhões, o Grupo Petrópolis fez o que todos estavam esperando: estabeleceu um parâmetro de preço. Isso deve ter sido importante para os cartolas corinthianos, que viram que a pedida de R4 20 milhões anuais, por 20 anos, não é exatamente a pechincha do ano.

Mas também não é um valor impagável. A torcida corinthiana é a que possui o maior potencial de consumo do país, além de ser a segunda maior - somos mais de 30 milhões. Além disso, há anos a fio temos a maior média de público do país - salvo exceções esporádicas como o Flamengo campeão brasileiro de 2009 e o Santa Cruz campeão da Série D de 2012.

Só ano passado, a Fiel gerou ao Corinthians R$ 35 milhões em bilheteria e sabe-se lá quantos milhões aos comércios nos arredores do Pacaembu. Não creio ser difícil que o Grupo Petrópolis conseguisse o retorno financeiro de R$ 400 milhões em 20 anos.

Ainda assim, as últimas informações são de que as negociações se encerraram. O Grupo Petrópolis teria se "assustado" com a pedida do Corinthians. Mas nos negócios do futebol, é bom ficar de olho. Nem sempre o "não" de hoje se sustenta amanhã.

Na minha análise, seria uma outra excelente marca. Eu não seria contra ter a Itaipava, ou a TNT nomeando nossa Arena!

E você, o que acha? Comente!

O próximo post será sobre a Caixa Econômica Federal. Aguarde!

Fontes: Wikipedia (vários links), Grupo Petrópolis - site oficial (vários links), Portal No Varejo, Total Race, Auto Racing, Lancenet!, Terra, Faixa Preta

2 comentários:

  1. Dados técnicos e muito bem fundamentados. Arena TNT...Arena Itaipava...Também acho que seria legal para ambas as partes.

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  2. Ótimo post! Muito bem explicado, parabéns. Mas ainda prefiro Etihad Stadium ou Etihad Airlines Arena. Abraço!!!

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