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quarta-feira, 1 de março de 2017

Uma sequência decisiva para o Corinthians de Carille

Corinthians de Fábio Carille conseguiu oito vitórias em 10 jogos nessa temporada (Foto: Reprodução / Lance!)
No começo da temporada, o Corinthians era colocado por 10 entre 10 comentaristas como a quarta força do futebol paulista, candidato a sofrer durante todo o ano e (para alguns) virtual candidato ao bicampeonato da Série B em 2018. Motivos não faltavam: crise política, instabilidade financeira, abandono por parte dos torcedores de ocasião e reforços que pouco (ou nada) empolgaram. Os fracassos nas tratativas com Drogba e Pottker também não ajudaram em nada.

Veio a Florida Cup, e com ela dois jogos marcados por muitos testes, e pouco aprendizado. Ali já se percebia que Carille tentaria fazer de seu Corinthians uma cópia da equipe de Tite, ainda que sem a mesma qualidade. No Paulista, um começo vacilante, que quase se transformou em crise após a derrota em casa para o Santo André, após péssima exibição.

A partir daí, e bem aos poucos, Carille foi promovendo pequenas mudanças. Os medalhões eternamente insatisfeitos, que nunca renderam o que sabem, aos poucos sumiram da equipe titular. E com Guilherme, Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e companhia no banco, o Timão foi se encaixando. Passou pelo Novorizontino sem convencer. Na sequência, uma vitória mais segura contra o bom Audax.

Então, o teste de fogo, no clássico contra o Palmeiras. Marcado pelo erro de arbitragem, sim, mas também por uma exibição de muita garra do Corinthians contra seu maior rival. Fazia tempo, aliás, que não se jogava o Dérbi com tanta vontade. Resultado: uma justa vitória contra o candidato a todos os títulos do ano. A boa fase foi confirmada em seguida, na vitória contra o então invicto Mirassol, na casa deles.

O saldo desse cenário é melhor do que a mais otimista previsão sobre o time: oito vitórias em dez jogos. Um ataque fraco, sim (13 gols marcados), mas uma defesa tão boa como as melhores de Tite: apenas cinco gols sofridos. Liderança geral do Paulista. E Jadson ainda sequer estreou!

A sensação que fica é que nosso técnico está colhendo os frutos por implementar suas convicções na equipe. Está escalando os que acha melhores para o Corinthians, e não os que têm mais nome ou reputação. Com isso mantém a filosofia consagrada do seu Adenor, se escalar por merecimento. Os atletas, em sua maioria, parecem entender isso, ou não atuariam com tanta entrega. Um outro bom sinal de que o elenco está fechado é o fato de as reclamações do chinelinho Guilherme (totalmente infundadas) não terem encontrado eco junto aos companheiros. Sobre isso, aliás, fica a dica: não tá satisfeito vai embora, rapaz. E leva seu amigos junto!

A sequência do Corinthians é um verdadeiro teste de fogo. Hoje o Corinthians joga contra o Brusque lutando para manter a escrita de ser o único grande a nunca ter sido eliminado da Copa do Brasil por um time de divisões inferiores. Em seguida, enfrenta o Santos na Arena, tendo a chance de manter o rival na sua atual instabilidade. Por fim, vai a Campinas jogar contra a sempre difícil Ponte Preta.

São três jogos imprevisíveis. Podemos tanto ver o Timão vencendo as três partidas quando perdendo as três. Podemos ver Carille se consagrando junto à torcida ou pressionado a ser trocado por algum treinador com mais gabarito.

Mais importante do que os resultados, porém, é o que NÓS, torcedores, vamos fazer. O apoio que talvez falte ao treinador e seu projeto na diretoria, deve vir de nós. Precisamos valorizar o que vem sendo feito e dar tempo ao time, não importa o que acontecer nos próximos jogos. Carille conhece o Corinthians, sabe o que está fazendo e precisa de tempo, estabilidade. Precisamos garantir isso a ele, pensando não no que está sendo conquistado agora, mas sim no que pode ser conquistado amanhã!

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