Últimas

LightBlog

quarta-feira, 22 de março de 2017

Ataque de rebaixado e defesa de campeão: até onde o Corinthians pode ir?

Fabio Carille tem feito o que pode com o atual elenco do Corinthians (Foto: Mauro Horita / Estadão Conteúdo)
Uma das coisas que mais vem dando resultados e sustentação ao trabalho de Fábio Carille esse ano é a solidez defensiva da equipe. Na atual temporada, o Corinthians já realizou 16 jogos (contando os jogos da Florida Cup e o amistoso contra a Ferroviária), tomando apenas oito gols. Desses, apenas três (dois contra o Santo André e um contra a Ferroviária pelo Paulistão) foram marcados dentro da área corinthiana.

No entanto, apesar de ter uma das melhores defesas do país, o ataque tem números piores que o de 2007, ano do rebaixamento. Pior: é o menos eficiente do século XXI, empatado com o de 2004.

Chegamos a esses números comparando a campanha do Corinthians nos primeiros 16 jogos da temporada 2001 até a atual. Enquanto a defesa, com 18 gols marcados (1,12 de média por jogo) é o pior junto com o de 2004, a defesa se coloca como a segunda menos vazada, com oito gols sofridos (0,50 de média por jogo), atrás apenas do apurado em 2015 - quando o Timão de Tite levou apenas cinco gols nos 16 primeiros jogos. Confira no gráfico:

Desempenho do Corinthians nos 16 primeiros jogos da temporada

Solidez defensiva: aula tática de Carille
Defesa compacta e pontas voltando (Reprodução: YouTube)
"Compactação" é: a palavra que melhor nos ajuda a descrever como funciona a defesa corinthiana em 2017.

Sem a bola, a equipe fecha a linha defensiva (laterais e zagueiros) em uma marcação homem-a-homem. Com uma compactação extrema, os pontas voltam para cobrir as costas dos laterais e o volante fica à frente da defesa, rondando quem está com a bola para desarmar assim que possível.

Ineficiência ofensiva: falta de meia ou de atacante?
Alvo de expectativas, Jô não vem rendendo como o esperado na temporada (Foto: Reprodução / Goal.com)
Com apenas 18 gols em 16 jogos, o Corinthians amarga a pior média de gols por jogo dos últimos tempos. Mas a pergunta é: o que falta ao time é criação no meio ou um atacante que resolva na frente?

A maior contratação para essa temporada, sem dúvidas, foi a de Jadson que, até agora, pouco fez. Jô foi contratado ano passado, porém tem sido criticado desde antes de sua chegada. Ainda assim, marcou o primeiro gol do Corinthians no Paulistão e garantiu a vitória nos dois clássicos que jogamos. Claramente, no entanto, não é suficiente: falta ao Alvinegro aquela vitória com V maiúsculo, convincente, com o time jogando bem e com diferença larga no placar - algo que acontecia ali e aqui em temporadas como 2009 e 2015, respectivamente o ano em que Carille iniciou sua carreira no Corinthians, com Mano Menezes. e o ano da volta de Tite após seu ano sabático, quando aprendeu novos conceitos na Europa, de grandes técnicos como Pep Guardiola e Carlo Ancelotti).

Defensivamente, sem dúvidas, as três equipes (2009, 2015 e 2017) são muito parecidas e bem montadas. Ofensivamente, nem tanto. Porém, há uma semelhança: todos os atacantes, sofreram uma desconfiança e jogavam com meias com passe apuradíssimos (Douglas e Jadson).

Explico: em 2009, Ronaldo chegou da Europa como uma estrela, mas também uma incógnita após se recuperar da terceira lesão no mesmo joelho... já não tinha mais a idade nem o peso de 2002. Em 2015, Vagner Love veio da China fora de forma e sem o ritmo necessário para jogar em alto nível no Brasil. Originalmente, seria reserva de Paolo Guerrero, mas assumiu a titularidade após a saída do peruano em junho para o Flamengo.Esse ano, Jô também chegou da mesma forma que Love: vindo da China (onde estava encostado), fora de forma e sem ritmo. Tanto Ronaldo quanto Vágner Love tiveram sucesso, ultrapassaram as desconfianças e foram campeões nacionais pelo clube. Será que Jô seguirá o mesmo caminho?

Poucos gols marcados, poucos gols sofridos: a cara do Corinthians de Carille. E você, o que acha da equipe? Na sua opinião, nos falta atacante ou meias? Comente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário