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domingo, 5 de março de 2017

Quem são Turkish Airlines e Qatar Airways, a nova especulação sobre os NR da Arena Corinthians

Corinthians tenta negociar os NR's da Arena há quatro anos, sem sucesso (Foto: Reprodução)
Depois de muito tempo sem novidades sobre os naming rights da Arena Corinthians, finalmente surgiu uma informação na imprensa, ainda que incompleta e sem mais detalhes. Há pouco, o jornalista Gabriel Mascarenhas publicou uma nota na coluna Radar On-Line, da VEJA, afirmando que o Timão negocia com duas companhias aéreas um pacote incluindo os NR's da Arena mais o patrocínio master da camisa.

A pedida? Nada menos que € 24 milhões anuais, o que dá uns R$ 80 milhões. Ele não diz, no entanto, o prazo desse possível negócio, nem mesmo se está havendo uma concorrência entre as empresas ou uma parceria onde cada uma ficaria com uma parte do negócio (o que parece improvável, mas nunca se sabe).

De todo modo, fomos atrás de informações das duas companhias, e agora dividimos com vocês o que pudemos apurar!

Uma das companhias aéreas mais antigas do mundo, a Turkish Airlines foi fundada em 1933 como uma estatal, que inicialmente foi parte do Ministério de Defesa Nacional, e posteriormente dos Transportes. Com o tempo, ela abriu seu capital, e hoje ela possui quase 51% de suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Istanbul, enquanto o restante permanece com o Estado turco.

A companhia passou por muitas dificuldades nas décadas de 1970 e 1980, mas nos anos seguintes passou por reestruturações que acarretaram em um grande aumento de capital e também na quantidade de rotas operadas ao redor do mundo. Em 2008, passou a fazer parte da Star Alliance, uma das maiores alianças aéreas do mundo que reúne atualmente 27 companhias aéreas de todo o mundo, incluindo a Lufthansa, a Avianca, a TAP Portugal e a United Airlines.

A Turkish Airlines opera no Brasil desde 2009, com o voo Istanbul - São Paulo. Atualmente a companhia emprega mais de 27 mil pessoas. É uma empresa em crescimento: teve em 2015 receitas de US$ 10,5 bilhões e lucro líquido de US$ 1,069 bilhão.

A empresa turca patrocinou a Eurocopa 2016, ocorrida na França (Foto: Reprodução / Anadolu Agency)
É uma companhia com enorme envolvimento no esporte. Em seu site oficial são listados dezenas de patrocínios a clubes e campeonatos de diversos esportes. Dentre eles, podemos destacar os apoios à Euroliga (o campeonato europeu de basquete), à Maratona de Istanbul, à Eurocopa 2016, à seleção de futebol da Turquia, e aos clubes turcos de futebol do Galatasaray, Besiktas, Bursaspor e Trabzonspor. Por fim, podemos destacar os patrocínios a atletas e artistas como Lionel Messi, Kobe Bryant, Caroline Wozniacki, Kevin Costner, Wayne Rooney e Didier Drogba.

Fundada em 1993, a Qatar Airways é uma empresa estatal, administrada pelo governo do Qatar. Nos seus primeiros anos, operava somente em rotas no Oriente Médio e nas proximidades, mas foi ampliando suas operações a partir dos anos 2000, após a compra de mais aviões, melhores e mais modernos. Já em 2004, a empresa ultrapassou a marca de 50 destinos, o que atualmente já chega a 151 - o que desde 2010 inclui o Brasil, inicialmente com São Paulo e depois também com o Rio de Janeiro.Desde 2013 faz parte da Oneworld, uma aliança aérea que conta com 14 companhias de todo o mundo, incluindo a American Airlines, a British Airways e a LATAM.

Empregando atualmente mais de 40 mil pessoas, sendo 24 mil de forma direta, a Qatar Airways teve em 2016 receitas de US$ 9,6 bilhões e lucro líquido de US$ 445 milhões.

A parceria entre Qatar Aieways e Barcelona já dura sete anos (Foto: Reprodução / PNC Contact)
Também é uma empresa com histórico de patrocínios esportivos. Entre eles, podemos destacar o apoio à equipe de futebol australiano Sidney Swans, ao Torneio de Doha de tênis (o maior da série ATP 250), ao clube saudita de futebol Al-Ahli, bem como a grande parceria com o Barcelona, que ocorre desde 2013 e é avaliada atualmente em algo entre R$ 126 e R$ 144 milhões por ano.

Conclusões

É difícil falar qualquer coisa sobre a especulação em si, afinal a nota da VEJA é muito curta e nada esclarecedora, podendo até mesmo ser um mero boato. Por isso me resumi, nesse post, a mostrar um pouco da história dessas duas empresas, e do envolvimento delas com o esporte. Pelo que pesquisei, posso concluir que qualquer uma das duas companhias poderiam ser excelentes parceiras para o Corinthians, pois são empresas financeiramente seguras e com aparente credibilidade.

É justamente a credibilidade que me preocupa, aliás. Não a das empresas, mas sim a do Corinthians, que anda ausente nos últimos tempos. Será que essa atual gestão ainda tem lastro pra negociar um acordo de centenas de milhões de reais, tão complexo quanto esse? Normalmente um contrato de naming rights tem vigência de 15, 20 ou mesmo 30 anos. Seria um negócio que influenciaria uma geração inteira no clube, por isso todo cuidado é pouco.

Vamos torcer pra que tudo dê certo e que, uma gora, esse acordo saia. Com uma dessas empresas ou qualquer outra, que cumpra o combinado e não deixe o clube de mãos vazias depois!

2 comentários:

  1. Daniel, VEJA é campeã de boatos e mentiras...Aliás deveria ser o nome desse lixo de revista!Gostaria que fosse mesmo verdade!

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    1. Por isso mesmo o texto chamo a nota da revista de "especulação" desde o título, amigo. Mas preferi não fazer juízo de valor do que foi publicado, e sim apenas pesquisar sobre quem são as empresas. É uma curiosidade válida, não apenas minha, creio eu. Obrigado pelo comentário!

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