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terça-feira, 16 de abril de 2013

A ditadura dos ídolos e seus chatos seguidores


O Meu Timão está fazendo uma pesquisa bem interessante esses dias. É mais uma das enquetes que já é tradição no site.

A pergunta da vez é: "Quem foi seu maior ídolo no Corinthians?". E selecionaram quatro jogadores como opções: Marcelinho, Neto, Sócrates e Ronaldo.

Por que esses jogadores? Sei lá. Não faço parte do Meu Timão. Enquanto escrevia essa frase pensei em mais uns 10 jogadores que podiam figurar nessa lista também.

Também, em uma história rica como a do nosso Corinthians seria impossível não termos vários jogadores que marcaram época.

Mas parte da torcida parece não entender isso. Querem que a Fiel tenha fidelidade e preferência eterna por um ou outro jogador.

Ontem mesmo, enquanto a enquete acontecia, vários torcedores apareceram no Fórum simplesmente revoltados: MEU DEUS!!! O R9 TÁ NA FRENTE DE MARCELINHO!!! E O SÓCRATES NÃO ESTÁ NA LISTA!!! PORQUE??? SOCORRO!!! QUAL O PROBLEMA DE VOCÊS??

Rotularam os que votaram no Ronaldo como torcedores "modinha", que não sabem o que é a história do Corinthians, que empobrecem a qualidade da Fiel. Acharam graça do Neto estar em último, como se isso fosse um atestado de ódio, uma "vingança" da torcida pela forma como ele age no seu trabalho na Bandeirantes.

Tanto fizeram e espernearam que o Marcelinho acabou passando o Ronaldo, e agora tá na frente. E curiosamente, a gritaria também cessou no Fórum...

MEU, na boa, qual o problema de vocês? Desde quando o torcedor tem obrigação de venerar um jogador só a vida inteira? Qual time do mundo tem um ídolo eterno, unânime?

E DAÍ se tem torcedor que gosta mais do Ronaldo que do Marcelinho? Que do Neto? 

Não somos a torcida mais popular do Brasil? A que mais respeita as diferenças de opiniões? Que pretensão é essa então, de achar que apenas um jogador pode ter lugar no coração do Bando de Loucos?

Essa mania que o ser humano tem de ter que eleger o "mais mais" em tudo é ridícula. Que nem ano passado, quando praticamente obrigamos a torcida a considerar a Libertadores mais importante que o Paulista de 1977 - que simplesmente MUDOU A VIDA dos torcedores daquela época.

Nada contra o Marcelinho, nem a favor do Ronaldo. A minha crítica aqui não é dirigida a nenhum jogador. Mas sim à atitude.

Cada torcedor tem o direito de amar o Corinthians da forma que lhe convier, e de escolher seu ídolo da forma que bem entender ora! E em contrapartida, todos nós temos OBRIGAÇÃO de respeitar essa escolha!

Não existe critério pra eleger um ídolo. Cada um tem o seu. Ninguém tem a obrigação de ter como ídolo o jogador que mais conquistou títulos, ou que mais fez gols, ou que mais venceu o adversário "X". Eleger um jogador como ídolo é algo que vem do coração, e não da cabeça. É uma atitude EMOCIONAL, e não racional.
Esse radicalismo de criticar publicamente os que não escolhem como ídolos os jogadores de sempre não faz sentido e vai completamente contra os princípios que fizeram nossa torcida é o que é. 

Sem falar que, criticamos tanto os santistas por terem Pelé como ídolo até hoje... os chamamos de "viúvas" e tudo o mais, não? Então se depender de alguns seremos  as "viúvas do Marcelinho"... ah vá!

Somos 30 milhões. Somos respeito ao próximo. Somos Marcelinho, Romarinho, Neco, Basílio, Grané, Gilmar, Ronaldo, Tevez, Sócrates, Casagrande, Neto, Guerrero, Paulinho, Baltasar, Dida, Wladimir, Emerson Sheik, Del Debbio, Carbone, R9, Dinei, Rivelino, Tobias, Tupãzinho, Idário, Rincón...

SOMOS CORINTHIANS. E ESSA É A ÚNICA UNANIMIDADE QUE PODEMOS EXIGIR DO CORINTHIANO.

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