As histórias e lembranças sobre a conquista do Paulista-1977 são inesquecíveis e serão eternizadas na história do Corinthians. A forma como a torcida se envolveu... como os jogadores se desdobraram para superar os seus limites e devolver a alegria à Fiel Torcida. Foi um título tipicamente corinthiano. Não podíamos vencer de outra forma.
E no fim das contas, o futebol se encarrega de dar a cada time a história que ele merece. Isso fica claro como água ao vermos nosso rival alviverde comemorando os 20 anos do Paulista-1993, que os tirou da fila de 17 anos. A conquista veio pouco mais de um ano depois do início da parceria com a Parmalat, e o título era mais do que necessário.
Eles tinham um time muito forte, mas ainda assim perderam a primeira partida da final para nós por 1x0. Só que na volta, golearam por 4x0 e saíram da fila.
O placar elástico surpreende, mas o que mais surpreende é saber que eles podem ter tido uma bela ajuda pra chegar lá. E quem diz isso não sou eu...
A Placar publicou reportagem, em novembro de 2005, a respeito de uma investigação do Ministério Público sobre dirigente que pressionavam árbitros em busca de proteção ou benefícios a clubes de futebol. E a final de Paulista-1993 foi alvo dos promotores, por causa de um suposto esquema da Federação Paulista para indicar para a final o árbitro que teria uma missão em campo, e uma só: garantir que o Palmeiras fosse campeão paulista. Tratava-se do “Esquema Parmalat!”, em referência ao patrocinador que estampava a
camisa do Palmeiras.
Basicamente, a denúncia é de que a Federação Paulista de Futebol fraudou o sorteio do trio de arbitragem para a partida final do campeonato, a fim de que José Aparecido apitasse o jogo. Digo fraudar, pois o sorteio era a regra naquele campeonato. Veja video onde Oscar Roberto Godói, falando a respeito:
A versão sustentada até hoje pelos dirigentes é de que o juiz escolhido
para aquele jogo saiu em um sorteio, envolvendo os árbitros José
Aparecido, Oscar Roberto Godói, João Paulo Araújo e Dionísio Roberto
Domingos. Na época, a Placar não ouviu Domingos. Mas os outros três foram
categóricos em dizer: Aparecido foi escolhido (supostamente por Reinaldo
Carneiro de Bastos que até este ano comandava a arbitragem em São Paulo), e não sorteado
pela Federação.
“Eu cheguei a estar previamente escalado. Mas fiquei
de fora porque nunca tive padrinho dentro da Federação, nunca me submeti
a nenhum tipo de pressão de dirigentes”, disse João Paulo Araújo, em
entrevista gravada à Placar. “Antes do jogo, falaram coisas para o
Aparecido, sobre como ele deveria atuar no jogo. Eram coisas que
ajudariam o Palmeiras”, diz João Paulo, que é amigo de Aparecido.
Segundo ele, o juiz teria sido orientado a ser “muito rigoroso” com os
cartões e marcações de faltas. Isso, na visão de João Paulo, serviria
para ajudar justamente a equipe mais técnica entre os dois adversários:
no caso, o Palmeiras.
Os cartolas da FPF sustentam que Aparecido foi sorteado. “Sim, foi sorteio. Eu mesmo fiz, com o Ilton José da Costa”, diz Emídio Marques — os ex-árbitros Costa e Marques faziam parte de uma comissão de “notáveis”, que escolhia os juízes. Usaram bolinhas de bingo, teve testemunha? “O sorteio foi na papelzinho mesmo”, diz. Aparecido confirma a versão, que lhe pediram mesmo para ser extremamente rigoroso (um pedido que, curiosamente, não havia sido feito antes da final). “Me disseram que era para apitar como se fosse a última partida da minha vida, que não era para eu deixar passar nada.” O juiz, porém, nega que isso tenha sido dito para favorecer o Palmeiras. “Fui escolhido por ter fama de disciplinador mesmo.”
Aparecido foi “muito rigoroso” mesmo com o zagueiro Henrique, do Corinthians, que acabou expulso aos 39 minutos do primeiro tempo. No lance seguinte, porém, aos 41, o mais polêmico de toda a partida, não teve o mesmo critério: Edmundo entrou forte no corintiano Paulo Sérgio na lateral do campo. Carrinho duríssimo. Levou só o amarelo. “É que eu não vi esse lance de frente. Reparo muito na expressão dos jogadores antes de marcar alguma coisa. A expressão do Paulo Sérgio não indicou que foi falta para expulsão. Se eu tivesse visto de frente, teria expulsado o Edmundo com certeza”, diz Aparecido.
Os gols e lances polêmicos ocorreram da seguinte forma:
- 37min do 1º tempo: Zinho faz 1 x 0 Palmeiras
- 39min do 1º tempo: Henrique é expulso, após falta em Edílson. Ele leva o segundo amarelo
- 41min do 1º tempo: Edmundo dá um carrinho perigosíssimo em Paulo Sérgio na lateral do campo, aos pés do auxiliar Oscar Roberto Godói, e leva só o amarelo
- 16min do 2º tempo: Ronaldo, que já tinha o amarelo, faz falta em Edmundo fora da área é expulso. Na confusão, Tonhão, do Palmeiras, leva o vermelho também
- 29min do 2º tempo: Evair faz 2 x 0
- 38min do 2º tempo: Edílson faz 3 x 0
- 9min do 1º tempo da prorrogação: Edmundo é derrubado por Ricardo, e Aparecido dá pênalti. Ezequiel reclama e leva vermelho. Evair cobra e decide de vez o campeonato.
- 39min do 1º tempo: Henrique é expulso, após falta em Edílson. Ele leva o segundo amarelo
- 41min do 1º tempo: Edmundo dá um carrinho perigosíssimo em Paulo Sérgio na lateral do campo, aos pés do auxiliar Oscar Roberto Godói, e leva só o amarelo
- 16min do 2º tempo: Ronaldo, que já tinha o amarelo, faz falta em Edmundo fora da área é expulso. Na confusão, Tonhão, do Palmeiras, leva o vermelho também
- 29min do 2º tempo: Evair faz 2 x 0
- 38min do 2º tempo: Edílson faz 3 x 0
- 9min do 1º tempo da prorrogação: Edmundo é derrubado por Ricardo, e Aparecido dá pênalti. Ezequiel reclama e leva vermelho. Evair cobra e decide de vez o campeonato.
A escalação de Aparecido soa ainda mais estranha devido ao fato de ele ter apitado a semifinal exatamente anterior à final, entre São Paulo e Corinthians. O gol do Corinthians teria sido feito por Neto em suposto impedimento. E Aparecido e seus auxiliares anularam um gol legal de Palhinha quando o jogo estava 0 x 0.
"Mas por que ele favoreceu o Corinthians na semifinal, para depois prejudicá-lo na final contra o Palmeiras?"
Justamente porque fazia parte do esquema tirar o São Paulo da final. O clube era o mais forte do estado, ao lado do Palmeiras, e foi exatamente quem tirou deles o título no ano anterior. Jogar a final contra o Corinthians, time mais fraco tecnicamente, era uma forma de "garantir" o sucesso do plano.
Justamente porque fazia parte do esquema tirar o São Paulo da final. O clube era o mais forte do estado, ao lado do Palmeiras, e foi exatamente quem tirou deles o título no ano anterior. Jogar a final contra o Corinthians, time mais fraco tecnicamente, era uma forma de "garantir" o sucesso do plano.
Pode ser que nada disso tenha ocorrido. Mas a suspeita nunca deixará de existir. Enquanto nossa fila acabou em um jogo que provou o que é a raça corinthiana, a deles acabou em uma partida que, no mínimo, carrega um belo asterisco ao lado do placar.
Aos que acharem a história fantasiosa demais, apenas mais uma informação: José Aparecido voltaria às manchetes em 1997, acusando Ivens Mendes
(então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem) de mandá-lo
ajudar a Argentina, contra a Colômbia, num jogo pelas Eliminatórias.
Uma vez ladrão...
Agradecimentos especiais ao grande amigo Felipe Prevedello, que deu mais uma bela deixa pra um post aqui no blog!
Nossa, meu, como gambá é burro e tem memória curta. Sabe qual era o "Esquema Parmalat"? Era lavagem de dinheiro. Investiam no Palmeiras e limpavam o dinheiro ao revender os jogadores, mais ou menos como a máfia russa fez com o corinthians com a MSI e faz até hoje. Quanto ao árbitro, foi investigado pelo ministério público, quebraram o sigilo bancário, e não encontraram nada - absolutamente nada. Até entendo que gambá, quando o juiz não rouba a favor, se sente injustiçado. Afinal de contas, a maior parte dos seus títulos foi conquistada no apito, inclusive o paulistão de 77, que demonstra sim a raça coritintiana: a raça de ladrões. Quantos títulos do corinthians têm um grande asterisco ao lado? Podemos começar pelo brasileirão de 2005, a copa do brasil de 2009, a libertadores de 2012 e, por que não, o paulistão de 77. Isso para citar apenas alguns. Todo mundo sabe que a Globo fez a maior campanha para o corinthians sair da fila, a campanha foi tão grande que foi assim que a torcidinha dos analfabetos cresceu tanto. Por fim, de fato cada time tem o fim da fila que merece. Uns ganham roubado no sufoco da poderosa ponte preta, outros metem uma goleada inconteste no maior rival. Pois é.
ResponderExcluirEntao expulsou o edmundo seu palmeirense burro tava comprado essa porra e ganhamos libertadores invicto seus bi rebaixado
Excluirchora gambazadaaaaaaa
ResponderExcluirNinguém liga, gol do Roy Keane e ponto final !
ResponderExcluirA libertadores 2012 foi roubada ? Kkkkk e o mundial de pinga vale mesmo ??? Kkk GOL DO ROY KEANE
ResponderExcluirBossa que viagem esse post. Tebta dar caras de honestidade ao Paulista de 77, com jogador da Ponte comprado, e tenta dar ares de roubo em uma final onde o juiz expulsou o Tonhão do jeito mais roubado possível (mas fica ela por elas porque o Edmundo realmente fez falta para expulsão). Pipr, se o placar tivesse sido magro para o Palmeiras, por 1 x 0 com gol impedido, podia até concordar que havia cheirp de coisa errada. Mas não, foi uma surra incontestável, 4 gols legais... Enfim, o que não dá para esconder, é o asterisco no paulista 77 e senão me engano 98 (o da semi contra a Portuguesa), nos Brasileiros de 2005 e 2015, na Copa BR 09, na Libertadores 12 (se o gol do Vasco não tivesse sido mal anulado, se o bandeirinha contra o Santos, que desenhou um C com espuma em campo não estivesse com o braço engessado contra o peixe, vocês estariam até hoje inventando mil desculpas para legitimar a summer cup 2000... Enfim, o Corinthians é um time com um grande asterisco do lado desde sempre. Maior torcida significa maior ibope, o que atrai todo tipo de gente nefasta aos bastidores querendo tirar uma casquinha...
ResponderExcluirO time do cara saiu da fila comprando jogador da Ponte (Ruy Rey) em 1977, e ele quer ter alguma moral para falar em "esquema" depois de apanhar de 4 a 0 na final de 93.
ResponderExcluirPiada!